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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Satisfeita?







Há de chegar talvez o dia em que o Flamengo não precisará de jogadores, nem de técnico, nem de nada. Bastará a camisa, aberta no arco. E, diante do furor impotente do adversário, a camisa rubro-negra será uma bastilha inexpugnável.
Nelson Rodrigues1

E então, dona Patrícia Amorim, conseguiu o que queria? Se a sua vontade era ver o Mengo na pior, eis aí o resultado do seu trabalho. Você poderia não ter feito mais nada, mas só de mandar o Andrade embora2 o seu nome já foi pra rol da vergonha da história rubro-negra; não tanto pelo ato em si mas pelas suas consequências óbvias. O time está beirando a zona de rebaixamento, o ataque é o pior de todos, as contratações feitas foram pífias, o que mais você quer? Que o clube vá à falência? Sim, dona Patrícia, você é a primeira pessoa que vai responder por tudo isso, com ou sem culpa3. Logo, empatar em casa com o Vitória virou só mais um detalhe nesta campanha que já pode ser considerada desastrosa antes mesmo de o campeonato acabar. Tá certo que em anos anteriores o Fla chegou a ocupar a lanterna, mas dessa vez é diferente: o time estava quase lá em cima e despencou. Vergonha pouca é bobagem; o time é e está ruim mesmo. E a culpa, repito, nasce debaixo do ar condicionado da sua sala lá na Gávea; só depois é que vai para o campo. Pois não desculpo os jogadores; eles têm a sua parcela de culpa. Principalmente Juan, Val Baiano e os dois novatos, Deivid e Diogo. Enfim, aí está então o quadro atual do mais querido do Brasil: tem que escutar as chacotas sem reclamar, sejam elas com ou sem motivo (principalmente sem, vide as do meu colega de blog). Satisfeita, dona Patrícia?

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Sinceramente, eu devo ter perdido essa parte do manual de instruções dos blogueiros: enquanto eu posto fotos de flamenguistas bonitas e famosas esperando que o meu colega de blog e amigo de longa data faça o mesmo com as do time dele, o que ele põe? Fotos de travecos! Bom, como diziam os romanos: de gostibus nom disputandum est.

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Por outro lado, em pelo menos uma coisa ele acertou: já passou tempo suficiente para que se coloque Nevermind ao lado de Sargeant Pepper’s, Dark Side of the Moon, Machine Head, Physical Grafitti entre outros, ou seja, como um clássico do rock. Lançado no início da década de 90 (da qual não tenho saudade nenhuma), esse disco pertence esteticamente à década anterior. Representou o epitáfio dos rock oitentista ao mesmo tempo em que apontava as tendências da década então incipiente de 90. Mas essa expectativa não se consolidou; aquele movimento conhecido como grunge acabou sendo (pelo menos pra mim) o “canto de cisne” do rock. Veja as porcarias que hoje em dia atendem pelo rótulo de rock e sinta o drama. Mas ouvindo esse disco se volta ao tempo em que ainda se podia ouvir guitarras no rádio. Pra mim foi o último grande disco de rock da última grande banda de rock. Junto com o meu colega de blog, assistimos na Praça da Apoteose ao show de Kurt Cobain e companhia em janeiro de 1993. Como o tempo passa rápido...




                  1 O que esta frase tem a ver com o texto? Nada, coloquei apenas pra mostrar a força do Flamengo nas palavras de um notório tricolor como era Nelson Rodrigues
2 Tá certo que ele pediu alto pra renovar, mas estou falando da falta de empenho da diretória em mantê-lo no cargo.
3 Ao meu ver com.


Por Nielsen, Carioca desterrado
Em 13 de setembro de 2010, 1:50 P.M.