Esqueçamos que há todo um campeonato em andamento e fiquemos com o imediato, o palpável: depois de várias rodadas em branco eis que o Fla ganhou uma partida. E foi da melhor forma possível: contra time grande e na casa do adversário em questão. Deivid se não fez gol pelo menos ajudou a infernizar a defesa bambi (oops!), RG10 foi a disciplina e dedicação de sempre, Felipe esteve seguro para ajudar a segurar a vitória e Thiago Neves fez o que sempre faz: correu o campo todo, com ou sem bola. Sem contar que apanhou feito cachorro... Bem, poderiam ter sido 4 a 1, pois o goleiro deles, aquele cara lá, segurou duas bolas à queima-roupa por puro reflexo. Enfim, foi uma vitória convincente que devolveu o sorriso à nação rubro-negra.
Por outro lado... Não me perguntem se foi um retorno à briga pelo título, pois não vou saber responder. Já disse e repito que o Fla deste Brasileirão é 50% talento e 50% casuísmos; não dá pra prever nada. Se dá pra ser campeão desse jeito? É claro que dá; não foi assim em 2009? Só vou ficar mais confiante se vencer a próxima parada; contra o Flu no Domingo que vem. Dá pra vencer? Dá. Vai vencer? Sei lá!
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A justiça (SIC) mandou o São Paulo devolver a “taça das bolinhas” à CEF. Como foi uma decisão de segundo grau, não cabe mais uma suspensão; o time paulista só pode recorrer ao STJ. E é claro que ele vai recorrer, mas vai demorar até sair uma decisão vinda lá de Brasília sobre o caso. A FIFA se julgou incapaz de julgar a parada e devolveu a batata quente à CBF. Enfim, a bagunça continua e eu pergunto: e daí? Com taça ou sem taça o Flamengo foi CAMPEÃO BRASILEIRO em 1987 e não há juiz que possa mudar os fatos pois esse título foi conquistado dentro de campo e não num tribunal. Qualquer opinião contrária nasce de uma fuga inconsciente da realidade ou da fantasia pueril de se querer mudar o passado simplesmente apagando-o. Uma decisão judicial pode ser revogada, os fatos não. E fim de papo.
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Neste domingo o meu colega de blog estava lá no Rock in Rio tomando chuva enquanto esperava pelo show dos Guns. Vinte anos atrás, em 1991, eu e ele estávamos no Maracanã para vermos a banda de Axl Rose e companhia. O quê mudou? Mudou tudo: Guns n’ Roses sem Slash é como comida sem sal; não desce. Aliás, vendo algumas apresentações dessa edição do festival pela internet, vi que tomei a decisão certa: não fui. Sei lá, não tenho mais ânimo pra esse tipo de aventura (será a idade?).
Mas o pior é ver no meio da galera um monte de gente que em seu estado normal, de roqueiro não tem nada; gente que vai à show de pagode, funk, sertanojo e outras porcarias e quando chega num festival desses se veste de preto, faz mão chifrada pras câmeras e acha que está abafando. Otários.
Mas enfim: rock is dead, long live rock n’roll!
Por Nielsen, Carioca Desterrado
Em 4 de outubro de 2011, 3:15 P.M.