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terça-feira, 4 de outubro de 2011

Guns 20 anos depois



Axl Rose no Rock in Rio 4 com um visual que mais lembrava o de um filho de bicheiro


Peço desculpa a todos os meus 17 leitores (como fazia o ícone da imprensa marrom, o grande Agamenon Mendes Pedreira) mas nesse domingo eu não acompanhei o empate do Vascão diante da versão paulista da mulambada, fui ao Rock in Rio. Fui ver o Guns e obviamente um punhado de outras bandas que por lá desfilaram, no último dia do festival.
 Impossível não comparar com o show ocorrido no longínquo ano de 91, acho que se bobear isso aconteceu no século passado. Como bem lembrou o meu amigo de longa data, responsável pelo lado rubro-negro deste blog, estávamos lá no dia 20 de janeiro esperando uma das maiores bandas de hard rock do fim dos anos 80, subir ao palco e mostrar o porque eram a atração maior daquele Rock in Rio 2. Inesquecível! A banda no auge e um show que valeu cada centavo pago. No ano seguinte, se a matemática não estiver errada 1992, ainda houve um bis. Mais uma apresentação em solo carioca, dessa vez no autódromo de Jacarepaguá, na turnê do álbum Use your Ilusion.
Bom mas voltando ao Rock in Medina 4, lá estava eu, munido de uma garrafa pet com vodka e suco de manga, enfrentando um fila kilométrica para entrar na Cidade do Rock(?!). Uma vez lá dentro, o primeiro pit stop foi na tão falada Rock street, onde uma banda de Blues mandava ver no alto de um coreto. Muito bom. Essa "estradinha" no estilo New Orleans talvez tenha sido o ponto alto do evento. Very cool!
A parada seguinte foi no palco Sunset e foi realmente muito legal assistir os Mutantes, os caras são história viva do Rock nacional. Porém quando o Marcelo Camelo apareceu na sequência foi a senha para meter o pé em direção ao palco Mundo. Que os fãs dos Los Hermanos me desculpem, mas o cara é chato pra cacete nem a Malu Magalhães deve aturar.
No stage principal passaram Detonautas, Pitty (muito bom), Evanescence (que alguns chamaram de "Desafinescence"), System of a Down (legal) e finalmente depois de uma longa espera e de muita água, o grupo de Rock que ao lado do Led Zeppelin eu mais ouvi na escola, o Guns ´n Roses.
Analisando friamente, e olha que eu estou revendo a exibição dos caras no Multishow no exato momento em que escrevo esse post, a banda de aluguel montada pelo Axl é uma cópia mal acabada de si mesmo. Mas é impossível, não viajar no tempo ao ouvir o reef de Sweet child o´ mine ou o refrão de Paradise City. Falem o que quiser, mas nem a chuva que caia torrencialmente pode esfriar o entusiasmo de um fã. Slash e sua cartola não estavam presentes (haviam 3 guitarristas para fazer o que ele fazia sozinho), Axl pode estar parecido com o Ronaldo Fenômeno, gordo e com uma voz longe do que já teve um dia, mas amigos acreditem, as músicas que eu ouvi ali fazem parte da minha estória.

Nota 10 em termos de estrutura na Cidade do Rock, banheiros aos montes e a cervejinha gelada sempre por perto. No chão um gramado sintético (bom para uma esticada de pernas) que em nada lembrava os pisos do Rock in Rio 1 ou de Woodstock. Mas isso a chuva ajudou a resolver rapidamente.


Paschoal Galdino carrega a cruz de malta no peito desde que nasceu and knows that is hard to hold a candle in the cold brazilian rain.

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