Mais uma derrota e da maneira mais irritante possível; de virada. O jogo estava nas mãos e então, a tragédia. Que dizer? E tem mais: outro daqueles erros de arbitragem à nosso favor, perante o qual não podemos falar nada, absolutamente nada. Pelo menos o Marcelo Lomba defendeu o chute, malgrado o fato de ter errado nos dois gols do bugre. Léo Moura esteve bem, muito bem, mas e aí? Juan esteve razoável, mas, e aí? Diogo esteve bem até se machucar, mas, e aí? Petkovic correu como nunca, mas, e aí? E AÍ????
O Flamengo de ontem foi a expressão exata da expressão “dar mole”. Não há desculpas, a zona da degola é logo ali. Ou reage já na próxima partida, contra a raposa mineira, ou o ponteiro passará do laranja para o vermelho. Mas como eu venho dizendo, irrita o fato de ter que se concluir que o time não é ruim. Absolutamente. Mas será que teremos que sempre esperar o apito final para podermos respirar? Ontem, aos 45 tudo parecia estar liquidado, não é, Dona Patrícia? Não é, Senhor Zico? Toninho Barroso, e então? Chega disso, ora bolas!
Pois então chegou a hora de Silas mostrar serviço. E vai ter que trabalhar duro, pois fracassar no Flamengo queima o filme de qualquer técnico. A torcida confia, como confiaria em qualquer pessoa que estivesse no lugar dele. Certamente o quadro inspira confiança, pois há mudanças a serem feitas, digo a estréia não só do Silas, mas do Deivid também. Se este jogar o que jogou em 2003, quando foi artilheiro da Copa do Brasil, cairá nas graças da torcida. Se não...
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Enfim, hoje estou chateado, porém confiante. Tenho motivos para isso, muito mais do que se estivesse comemorando um empate (coisa que o meu amigo, irmão, camarada e companheiro de blog ama de paixão). Mas não, não estou dando uma de Pollyanna; esta via o lado bom em situações ruins, eu vejo o lado prático em situações adversas. Mas ainda que fosse daquele jeito, a personagem de Eleanor Porter personifica a razão mesma de se torcer para algum time. Afinal, só sendo muito Pollyanna para continuar acreditando mesmo que o time caia para a Segunda Divisão (“Série B” é o cacete!). Já a torcida que vê seu mundo desabar de repente é, mutatis mutandis, o Cândido de Voltaire, versão tupiniquim.
Há uma luz no fim do túnel e NÃO É um trem vindo na nossa direção. Nisso eu creio.
Por Nielsen, Carioca Desterrado
Em 30 de agosto de 2010, 3:05 P.M.