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terça-feira, 13 de março de 2012

Tudo azul?


Neste último FlaFlu vimos a poeira rubro-negra baixar um pouco depois dos resultados ora desastrosos ora insatisfatórios que o time vinha apresentando. Pelo menos EU senti isso. Nada como uma vitória num clássico para acalmar os ânimos. Mas na hora do jogo eu não vi nem soube de nada disso; caiu um temporal apocalíptico em BH, daqueles que levam embora a luz, a internet e a calma do cidadão. Eis a grande desvantagem da tecnologia da informação: acaba a luz, acaba tudo. Mas tudo bem, o Fla venceu mesmo sem eu estar acompanhando.
Por outro lado, o Flu chegou cheio de marra depois de ter vencido o Boca Juniors lá na Argentina; voltou à realidade da pior forma possível. Bem feito.
E não importa que RG10 tenha sido expulso; não foi a primeira e nem vai ser a última vez que lhe mostram o cartão vermelho. Enfim, precisa bem mais do que isso tudo pra me tirar a calma agora. Já o resto da torcida...

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Adriano acaba de ser, digamos, demitido do clube onde estava, digamos, jogando. E o que o Fla tem a ver com isso? Nada, absolutamente nada. Se na época em que ele voltou ao Brasil eu fiquei meio que em dúvida sobre a viabilidade de sua contratação, com o tempo eu fui me convencendo de que a Patrícia fizera a coisa certa ouvindo Vanderlei Luxemburgo e não permitindo a sua volta. Adriano precisa primeiro SE encontrar para depois, só depois, encontrar um clube para jogar. Dá pena? Claro que dá. Mas o Flamengo, como qualquer outro time, não é spa nem sanatório. Muito menos casa de recuperação.

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E chega ao fim a era Ricardo Teixeira. Do jeito que começou; sem muito alarde. Vinte e três anos de muita, mas muita polêmica terminaram com uma carta de renúncia. E fim de papo.
Nunca vou me esquecer uma frase que ouvi de um colega de escola por ocasião da convocação dos jogadores que iriam disputar a copa de 1990, na Itália: “Quem escala a seleção é o Ricardo Teixeira!”
Mas o que eu posso dizer sobre ele além das suspeitas que todos têm e que nunca foram provadas? Se eu repetir aqui as acusações acumuladas nessas duas décadas, não farei nada de novo. O fato é que eu, atrás desse simples blog, não posso acrescentar nada ao que já foi dito. Ou seja, se ele enriqueceu ilicitamente ou não, não é da minha conta. Se era ele quem “convocava” os jogadores visando a sua valorização para uma futura venda ao football europeu, não me interessa. Se ele recebeu propina para favorecer fulano ou sicrano, o que eu posso fazer? Enfim, opinião que eu posso ter sobre ele é igual à da vasta maioria dos brasileiros: puro palpite.
O que eu posso sim dizer, com base nos FATOS, é aquilo que todos viram: na sua gestão o Brasil ganhou 2 Copas do Mundo, 5 Copas América e 2 Copas das Confederações. Na sua gestão o football brasileiro voltara a ser respeitado no exterior (leia-se Europa). Na sua gestão o Campeonato Brasileiro finalmente passou a merecer esse nome com a adoção, entre outras medidas, dos pontos corridos.
Vejam, não estou defendendo o cara; só tentando ser justo. A turma do football de São Paulo está em polvorosa com a possibilidade de, enfim, encher a CBF de gente que fala “o vêinto abriu a póita” e isso sim é preocupante. Há uma nuvem negra no horizonte; só não vê quem não quer.

Por Nielsen, Carioca Desterrado
Em 13 de março de 2012, 2:25 P.M.