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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Show must go on






Todos os meus 15 leitores ( tenho 2 a menos que o grande mestre Agamenom) devem ter estranhado a minha ausência do blog, principalmente após a chinelada da quarta de cinzas em cima dos mulambos. Mas sabe como é, né? Em época de festejos de Momo, quem quisesse falar comigo, teria que me procurar atrás de um trio elétrico, dentro de algum bloco, curtindo o carnaval.
Chegamos então a decisão do primeiro turno do estadual, para enfrentar os "Florminenses", com a melhor campanha, 100% de aproveitamento e ainda de lambuja com o artilheiro da competição, Alecgol (ex-Aleccone). Eramos favoritos? Em clássico isso não existe. Levou a Taça Guanabara, o time que foi melhor no jogo, não o que foi disparado o melhor da competição. Mas campeonato mata-mata é assim mesmo, nem sempre há justiça ou quando há, ela se resume apenas a uma partida. Chegar ao confronto decisivo de um torneio e perder é acidente de percurso de um trabalho feito para ser campeão. Normal. O que não podemos achar é que tudo correu esgoto abaixo e o ano chegou ao fim, porque fomos derrotados na decisão de um turno. Isso mesmo o Cariocão ainda não acabou. E só para lembrar os torcedores pó-de-arroz (ui!), vocês não ganham um título em cima do Vasco a 28 anos e nas últimas 3 finais (estou falando de final de campeonato) entre as duas equipes, nós vencemos. Remember os estaduais de 93,94 e 2003.

E a torcida do Fluminense continua comemorando a  Taça Guanabara



Quem deve pintar em São Januário para disputa da Taça Rio é o lateral esquerdo Pará, emprestado pelo Santos até o fim do ano. Parece ser uma boa aposta, já que o Feltri não possui uma sombra.


Graças a Deus não sou torcedor da Mulambada, até porque nem poderia já que tenho o ginasial completo e todos os meus 32 dentes nos seus devidos lugares. Mas se fosse, me sentiria lesado pelo que anda fazendo em campo Ronaldinho Gaúcho. É uma piada o que anda jogando, principalmente pelo salário galáctico que recebe. Mas quem deveria cobrar parece optar em passar a mão na cabeça. Não é dona Patricia?


Paschoal Galdino carrega a cruz de malta no peito desde que nasceu e que venha o segundo turno.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

C'est la vie...


Tinha que acontecer mais cedo ou mais tarde: pela primeira vez desde a fundação deste blog o Fla perdeu para os bacalhaus de São Januário. Simples assim.
Não vou perder tempo apontando culpados; a culpa é coletiva lá na Gávea, os méritos idem. Ali todos fizeram o que podiam (e o que não deviam; ja já eu falo sobre isso): Vagner Love fez um golaço e depois tentou de várias formas fazer outro, Felipe fechou o gol na medida do possível; Léo Moura deu um passe açucarado e vitaminado para o Deivid... bom, já já eu falo sobre isso.
Então o que dizer? O título desse post poderia ser "Deu mole" como já o foi em outras ocasiões, mas o único que realmente deu mole ontem foi o Deivid. Ah, depois eu falo sobre isso... O problema não foi perder para "Os Outros", mas sim ficar de fora da decisão da Taça Guanabara. Enfim, um título a menos. Perder para "eles" por si só não é nenhuma tragédia, o problema é que o deivid fez essa derrota ficar mais amarga... Já já eu falo sobre isso.
Tem coisa mais importante em jogo esse ano; obviamente a Libertadores deve ser prioridade na Gávea. Por isso eu creio que depois de amanhã ninguém mais vai tocar no assunto "derrota para o vasco" a não ser para zoar o Deivid...
Querem saber? Foi um dos gols perdidos mais impressionantes que eu já vi. Em breve aquela trajédia estará relacionada em videos de momentos fail desses que a gente vê no Youtube. Mas o fato é que o Deivid em questão deve ter passado a pior noite de sua vida de ontem pra hoje. Mais do que isso eu não falo e por um motivo bem simples: mesmo que aquele gol tivesse sido marcado o Fla ainda iria enfrentar uma traumática disputa nos pênaltis. Poderia ter sido pior, não é? Deivid é um jogador pra lá de esforçado e a torcida tem visto isso. Portanto se alguém esperava que eu fosse xingar o cara até a quarta geração, quebrou a cara. Aquilo poderia ter acontecido com qualquer um. É a vida.

Por Nielsen, Carioca Desterrado
Em 23 de fevereiro de 2012, 2:55 P.M.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

(Quase) tudo azul no Vascão 100%






Vestindo azul, o Gigante entrou em campo novamente hoje, para mais uma vez fazer o papel que se espera de um time grande: Surrar um nanico do futebol carioca. A vitima da vez atende pelo nome de Americano de Campos. Desfalcado de seu principal jogador, o Caixa d´agua, que ultimamente só entra em campo pra comer  grama pela raiz, o alvi-negro do norte fluminense foi empalado, sem dó nem piedade, por 3 a 0. No fim de semana passado quem padeceu ao bater de frente com o Trem-bala foi o Tricolor do laranjal, vencemos de virada por 2 a 1, num jogo que rendeu muito xororô por parte do timinho de terceira. A verdade que o Vasco da Gama chegou a sexta vitória em seis jogos disputados. 100% de aproveitamento e primeiro lugar do grupo garantido.
Então tudo azul pelas bandas da Colina, certo? Errado! Durante o segundo tempo da partida de hoje, surgiu a noticia que o Bernardo havia acionado o Vasco na justiça e que poderia deixar o clube. Após o apito final a torcida vaiou sem parar o seu antigo xodó.
Ainda é cedo para que a verdade venha a tona, segundo a diretoria a divida do FGTS e dos direito de imagem alegada pelo atleta é inexistente. Ainda no gramado de São Januário Eduardo Costa e Juninho, dois dos jogadores mais experientes do grupo, comentaram que o jogador pode estar sendo influenciado pelos famosos espertalhões de ocasião. Como falei antes, vamos aguardar.


Não é de hoje que a gente vê garotos em inicio de carreira se deixarem levar pelo canto da sereia dos empresários. Quem não se lembra da eterna promessa Morais? Acabou sucumbindo.
O Bernardo sempre foi tratado como uma jóia pelo Vasco que recentemente, em plena época de vacas esqueléticas desembolsou 3 milhões para compra-lo do Cruzeiro, mostrando como aposta ou apostava no futuro do camisa 31.


Paschoal Galdino carrega a cruz de malta no peito desde que nasceu e tá mais é querendo botar o bloco na rua nesse carnaval.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Libertadores é coisa séria!





Depois de 4 jogos contra os medíocres clubes do estadual do Rio de Janeiro, com 100% de aproveitamento, como deve ser sempre que você enfrenta equipes nanicas, o Vasco teve a sua primeira partida pra valer no ano. Após 11 anos de uma ausência pra lá de forçada, estávamos de volta a Libertadores da América, tendo pela frente um time cancheiro e encardido, o Nacional do Uruguai. Terra de Leonel Brizola, o governador de Punta del Leste.
Não foi a literalmente a estréia que pedimos a Deus, fomos envolvidos durante grande parte do jogo, vimos o adversário tomar as principais iniciativas, abrir o placar em uma jogada de escanteio em que a zaga bateu cabeça na marcação e depois ampliar no primeiro minuto da etapa derradeira. Descontamos com Alecsandro e o gol fez com que corrêssemos  atrás do empate mais na base da transpiração do que na inspiração, como dizem por aí. No fim, o estreante Tenório ainda conseguiu igualar o marcador mas o desgraçado do bandeirinha resolveu anular, diga-se de passagem corretamente, assinalando impedimento. Fim de peleja e a torcida que pedia a entrada do Bernardo desde o primeiro tempo foi embora para casa gritando "burro" em homenagem ao nosso treinador. Libertadores é assim, é carne de pescoço, é jogar contra times que "enceram" / ensebam o tempo inteiro e fica o recado: quem não sabe brincar que não desça para o play. É briga de pitbull. Agora é buscar os resultados fora que compensem a perda de 3 pontos em nossa residência.


Não serve de porra nenhuma falar o que vou escrever agora mas escrevo mesmo assim. Em 98, perdemos os 2 primeiros jogos e fomos campeões. Ou seja nada está perdido.


Só para não perder a piada, acho que na partida de hoje faltou "concentração" ao time do Vasco.


Agora, se alguém puder me explicar o que faz o Fellipe Bastos com a camisa do Vasco, eu agradeceria imensamente.

A comissão técnica errou feio no planejamento durante a semana. Sabia-se desde o ano passado que o Fagner cumpriria suspensão no primeiro jogo da "Liberta". Quem é o seu substituto natural na lateral direita? Ganhou uma mariola e um pirulito quem respondeu Alan. E o que os nossos gênios fizeram? Escalaram o Alan, que vinha de contusão e jogava inclusive com uma proteção na coxa, numa partida sem a menor importância contra um clube anão aqui do Rio. Resultado, o Alan sentiu a contusão e desfalcou a equipe na partida de hoje, a mais importante do ano até agora. Cristovão se viu obrigado então a escalar o Max. O garoto, que é fraco e até hoje não disse ao que veio, acabou sendo sacado no intervalo do jogo. Errou feio! Pra ser campeão de um torneio como esse tem que haver planejamento! Senão a Vaca vai, vocês sabem pra onde.

Curioso meu amigo e parceiro de blog ter citado o clássico "Acabou chorare" dos Novos Baianos, eu iria justamente falar sobre ele mas... deixa pra depois, isso é papo pra outo dia, quando eu estiver menos puto.

Paschoal Galdino carrega a cruz de malta no peito desde que nasceu e espera que mais do que nunca o Vasco mostre porque é conhecido como o time da virada.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

A fogueira das vaidades



Embora todos (inclusive você que está lendo, sei lá) discordem, o assunto mais importante da semana envolvendo o Fla não foi a contratação de Joel Santana para comandar o vapor. Não, o evento mais significativo lá na Gávea foi a demissão do Vanderley Luxemburgo. Sim, há aí uma relação óbvia de causa e consequência. Sim, o vai-e-vem dos técnicos acontece no Flamengo como em qualquer outro time. E sim, não é a primeira vez que tanto Vanderley quanto Joel comandam a equipe.
Mas imaginem que antigamente o que segurava um treinador em seu cargo era a sequência de resultados em campo: ganhou um campeonato (qualquer um), ficou entre os primeiros colocados em um outro, se classificou para uma competição mais importante a ser realizada no ano seguinte? Então está mantido no cargo. Era simples assim. Simples e correto.
Pois nada disso segurou Vanderley Luxemburgo no cargo. E não me perguntem o porquê, pois se nem os próprios dirigentes do Fla saberiam a resposta, que direi eu? Qualquer arremedo de explicação vindo lá da Gávea envolveria um monte de evasivas, algumas meias-verdades e muito, muito subjetivismo.
Enfim, resultados não são mais o suficiente. O subjetivismo de que acabei de falar manda mais numa avaliação do que ter o melhor ataque e/ou a melhor defesa. É preciso agradar as estrelas do time, caso haja alguma. Tem que puxar o saco da diretoria. Tem que vencer como, quando e do jeito que a “torcida” quer. Tem que jogar “bonito” seja lá o que isso signifique. E, no final, tem que torcer para todos irem com a sua cara.
Foi a terceira passagem do Vanderley pelo Flamengo: na primeira, em 1991, foi campeão carioca; na segunda, em 1995, foi praticamente expulso pelo Romário; e agora...bem, e agora esbarrou no Ronaldinho Gaúcho e nos salários atrasados, entre outras coisas que desconheço. Diferentemente dos dois craques supracitados, Luxemburgo é declaradamente torcedor rubro-negro, e o tempo vai mostrar a diferença que isso faz.
Olha, eu não o conheço pessoalmente, não faço a menor ideia de que tipo de pessoa ele é, mas é no mínimo muita ignorância creditar a fatores extracampo a conquista de cinco campeonatos brasileiros, só pra citar os títulos mais significativos que ele já ganhou. Este currículo o levou a dirigir até mesmo um Real Madrid, mas não foi o suficiente para mantê-lo em nenhum dos clubes que comandou.
Na semana passada, poucos instantes após eu acabar de postar um texto neste blog chegara a notícia da demissão de Luxemburgo. O curioso é que eu tinha acabado de escrever exatamente sobre isso e manifestara a minha preferência pela permanência do treinador. Não me ouviram.
Só me resta concluir que, infelizmente, a fogueira das vaidades também foi acesa na Gávea e vai fazer mais vítimas com o tempo. Isso já acontece com todos os grandes times do Brasil, quisera eu que com o Fla fosse diferente...

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Já o Joel Santana foi o responsável direto por uma das mais fantásticas campanhas que o Flamengo teve nos Campeonatos Brasileiros. Sim, aquela virada em 2007 foi tão vibrante quanto seria um título: o time estava na zona da degola, Joel chegou e fez o time terminar o campeonato em terceiro lugar, com vaga direta na Libertadores do ano seguinte.
Expectativas? Todas. Ressalvas? Nenhuma, por enquanto. Portanto, vamos deixar o Bonde seguir em frente até Joel Santana seja a próxima vítima da fogueira das vaidades.

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E não se esqueçam: o que mantém o boi no pasto é o capim e não a cerca.

Por Nielsen, Carioca Desterrado
Em 8 de fevereiro de 2012, 3:25 P.M.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Então tá!


Com a vitória de ontem sobre o Real Potosi o Flamengo entra de vez na Libertadores. Pois bem, de cara eu já posso apontar um motivo real para comemorar: entramos agora realmente na competição e não corremos o risco de pagar um mico igual ao do Corinthians no ano passado. De agora em diante todos os times brasileiros na Libertadores têm a mesma chance de conquistá-la; não faz diferença em qual posição no campeonato você terminou. Fui claro?
Por outro lado... O Flamengo de 2012 é igualzinho ao de 2011. Sem tirar nem por. Só isso já me dá calafrios; imaginar aqueles resultados tenebrosos do Brasileirão, empates cheirando à derrota, derrotas no último minuto e tudo mais... Vejam: começou o Carioca com uma goleada para logo na partida seguinte empatar no sufoco; tinha a vitória nas mãos na primeira partida pela Libertadores mas cedeu o empate numa falha grotesca da defesa (sempre ela). Já vimos isso no ano passado, agora chega, né?
Vanderley Luxemburgo é, para mim, uma incógnita. No momento em que eu escrevo esse artigo tudo pode estar rolando lá na Gávea, inclusive uma improvável mas não impossível demissão. Bom, por mim ele fica. Só intuição; não me peçam para apontar motivos.

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E finalmente Vagner Love chegou pra ficar. Diferente de uns e outros, ele é torcedor do Fla, logo, não pode ser acusado de oportunista. Numa época em que craques declaram amor a quem pagar mais, chegam a ser comoventes as lágrimas derramadas pelo jogador ao vestir a camisa rubro-negra. Nele eu acredito, podem registrar.
Já o Ronaldinho... Aí é questão de salários, patrocínios. Grana, enfim. E esse assunto me dá náuseas.

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Olha, esse negócio de salários atrasados curiosamente unifica os grandes times do Brasil: TODOS passam por isso em um momento ou outro. Taí o Fla, o vasco, o Cruzeiro e outros; ninguém pode zoar ninguém. Mas, na boa, o presidente deste último perdeu uma ótima oportunidade de ficar calado ao ironizar essa mesma situação em seu time. Não importa se eles ganham (hipoteticamente) em um mês o que eu não veria no meu contracheque acumulado em toda a vida; contrato é contrato e tem que ser honrado. O presidente em questão deu um tiro no pé e as consequências disso virão com o tempo. Patético.

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Mudando radicalmente de assunto: quando “Acabou Chorare” (Novos Baianos, 1972) foi “eleito” pela revista Rolling Stone o melhor disco brasileiro de todos os tempos (ou algo que o valha) eu fiquei com um pé atrás. Com o tempo eu reavaliei minha opinião e digo que concordo com o resultado. Acabou Chorare é tudo aquilo que o rock brasileiro poderia ter virado nas décadas seguintes mas não virou. É tudo que a MPB poderia ter sido e não foi. É Assis Valente em cima de Hendrix. É João Gilberto. É football e maconha (ela mesma, fazer o quê?). É o melhor timbre de guitarra já gravado no Brasil. Enfim, é MÚSICA. Numa época de oportunistas sortudos como os Michel Telós da vida, é um alento saber que um dia esse disco foi gravado e lançado. Pelo menos isso.

Em tempo: vejam aqui http://www.youtube.com/watch?v=m6J0bg9MdMo&feature=fvst um documentário filmado lá mesmo na casa em que eles moraram em Vargem Pequena (o bairro em que o meu amigo e colega de blog nasceu, cresceu e ainda vive). E sintam o nó na garganta.

Por Nielsen, Carioca Desterrado
Em 2 de fevereiro de 2012, 3:15 P.M.