Quando a esmola é muita
Torcedor é realmente uma raça sui generis: espera tudo, não fica satisfeito com nada, critica as derrotas, mas desconfia das vitórias; critica a arbitragem quando esta lhe rouba o sorriso, mas se cala quando esta lhe dá um; quer que o craque do time faça três gols por partida, no mínimo. Quando o time começa o campeonato perdendo, critica. Quando começa ganhando, desconfia. Festeja a contratação de um técnico que, poucos anos antes, saíra vaiado do mesmo time devido a maus resultados. Festeja, no próprio time, aquilo que vaia nos adversários e vice-versa. Acha mesmo que ganhar não é mais do que uma obrigação. Enfim, vive “achando”.
Pois bem, o Flamengo ganhou a 3ª seguida, desta vez contra o Americano e eu pergunto: o que mais eu poderia querer? Que tivesse perdido? Pois não são poucos, entre a própria torcida, que têm pregado que “é algo passageiro”, “são resultados enganosos” e tutti quanti. Nos adversários isso seria e é mais do que compreensível, afinal vivem disso (vide o meu colega de blog). Mas fogo amigo não mata adversários, mata aliados. Ou essa gente cala a boca e aproveita o bom momento, ou então o negativismo deles vai prejudicar o próprio Fla. E pensar que o Ronaldinho ainda nem estreou...
Dentro do elenco pode-se destacar o goleiro Felipe e os novatos Vander e Wanderley; Thiago Neves estreou mas vai ter ainda bastante tempo pra mostrar serviço. Partindo do princípio de que campeonato regional só serve pra preparar o time para aquilo que realmente importa1, eu diria que o Fla só não vai papar canecos no plural este ano se não quiser. Vem aí a Copa Sul-Americana, fora o Brasileirão. Trabalho, muito trabalho a vista.
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Neste blog a gente morde mas não assopra; faz um agradozinho depois. Eis aí então um alívio para os olhos: Carol Castro, bonita e flamenguista2, com o perdão da redundância.
1 Como eu já disse anteriormente, por mim eu acabaria com os estaduais. Aliás, não deveriam nunca terem existido; se há bairrismo no football brasileiro, boa parte é provocado por esta divisão regional. No princípio apenas administrativa, hoje quase ideológica.
2 Segundo estudiosos da Língua Portuguesa a palavra “flamenguista” seria um neologismo desnecessário; a própria palavra “flamengo” se trata de um adjetivo gentílico. Flamengos seriam originalmente os habitantes da região conhecida com o Flandres; o norte da Bélgica. Logo eu sou Flamengo, certo?
Por Nielsen, Carioca Desterrado
Em 27 de janeiro de 2011, 2:20 P.M.