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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Desabafo



Minha gente, é o seguinte: após uma razoavelmente longa pausa venho fazer meu desabafo final antes mesmo do fim do Brasileirão. Não, não vou esperar o fim do campeonato, muito menos vou aguardar a classificação final do Fla (Libertadores ou não). O que esse time poderia fazer para a torcida, bom ou mal, já o fez. Pra mim chega. Se o campeão tiver que ser o “curintcha”, que seja. Se tiver que ser o time do meu colega de blog, ah, só por cima do nosso cadáver. No mais, 2011 já acabou; não vou sequer fazer a escalação dos “meus” melhores do ano. Quero esquecer tudo o que se relaciona a football de 2011.
Diferente do ano passado, quando o time não prometia nada, portanto não decepcionou ninguém, o Fla de 2011 cometeu a pior das maldades com a sua torcida: tirou-nos da boca o doce que mal tinha sido mordiscado. Era time pra ser campeão brasileiro. Da Copa Sulamericana (continuo sem saber como se escreve essa desgraça). Da Copa do Brasil. Campeão invicto. Incontestável. Mas chutou na trave. Perdeu quando mais deveria ter ganhado. Empatou quando estava com a vitória nas mãos. Deu mole. Pisou na bola. Abusou da nossa paciência. De quê adianta ter um dos melhores ataques do Campeonato Brasileiro? Isso por si só não leva ao título. De quê adianta ser um dos que menos perderam? Isso também não leva ao título. De quê adianta ser o time que mais ganhou de virada? Isso não leva à lugar nenhum! Ficar entre o 6º lugar e o 16º é, neste ano, absolutamente a mesma coisa. Ganhou o Campeonato Carioca invicto? Parabéns, mas isso foi há meses. Foi desclassificado vexaminosamente em duas competições; o Brasileirão era questão de honra. E nas primeiras rodadas parecia mesmo ser um candidato sério ao título, mas qual o quê, pôs tudo a perder nos detalhes, ah, os malditos detalhes!
De quê adiantava ter um ataque eficiente, numericamente falando, se a defesa tomava gols na mesma proporção? Diretoria, comissão técnica, TODOS sabiam disso e não tomaram providências; o resultado está aí. Podem ficar sossegados pois não vou citar nomes; já os citei ao longo do ano. E nem por isso fico mais tranquilo; eu gostaria de estar errado mas a “lei de Murphy” não falhou com o Flamengo. Algo podia dar errado e deu. Deu TUDO errado.
Agora estamos aí, consolando-nos uns aos outros com a possibilidade de impedir o título do Vasco. Grande coisa! Que se dane o resultado final do Brasileirão, NÓS é deveríamos estar lá, disputando o título! Transformar o time do meu colega de blog em VICE de novo não vai me consolar em nada!
Enfim, a palavra que resume o Fla de 2011 pra mim é DECEPÇÃO. Estou decepcionado com o desempenho do time ao longo deste ano como poucas vezes fiquei até hoje. Ano que vem VAI TER QUE SER diferente. E que venha 2012.

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Mas uma coisa é certa: O Fla X Vasco de domingo que vem será um Fla X Vasco com o outro qualquer. Nós não perdemos para eles desde a criação deste blog e não vai ser desta vez.

Campeões Brasileiros em cima do Fla?
NUNCA SERÃO!!!!!

Esse desaforo não nós não levaremos para casa.

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Neste mês de dezembro o time e a torcida comemoram 30 anos do título mundial. Ainda me lembro daquele dia: eu tinha nove para dez anos e acordei naquela madrugada de 13 de dezembro de 1981 para ver o jogo, a bola já estava rolando e meu pai (vascaíno) estava assistindo. Raul, Leandro, Marinho, Mozer e Júnior; Andrade, Adílio, Tita e Zico; Nunes e Lico. Nunca mais o Brasil viu um time como esse. Aliás, nunca mais O FLAMENGO teve um time como esse. Na hora eu não imaginei (nem poderia) o quão histórico era aquele momento. E fico triste em pensar que os torcedores que têm menos de 35 ou 35 anos, a vasta maioria, não viram nada disso ou não tinham idade para entender o quê estava acontecendo. O tempo passa, minha gente.
Pois bem, o livro “1981”, de André Rocha e Mauro Beting, analisa, entre outras coisas, o que aquele ano representou para o Clube de Regatas do Flamengo. A opinião dos autores pode ser considerada isenta já que este último nem sequer é flamenguista. Tem de tudo, até mesmo depoimento de adversários no que diz respeito àquela fatídica partida contra o Atlético/MG que decidiu a vaga para a semifinal da Libertadores, uma chatice que me rende aborrecimentos até hoje. Afinal, moro em Minas Gerais; escuto provocações de atleticanos o tempo todo.
Mas curtam o livro; vale à pena recordar uma época que não volta mais. Vale à pena comparar o que se tinha há trinta anos e o que se tem hoje, nem que seja para chorar de raiva.

Por Nielsen, Carioca Desterrado
Em 28 de novembro de 2011, 2:40 P.M.