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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

...e está melhorando.

 


 

 

 

 

“Os cães ladram e a caravana passa”

Provérbio Árabe

 

 

 

No sábado, o América1 foi o adversário da vez. Três a um, com Deivid encontrando o caminho do gol; a torcida agradece e segue confiante. Na quarta, o adversário será o Americano, em Macaé. A vida segue na sua mais absoluta e agradável rotina para o Fla, que mais eu posso querer? Que termine o ano invicto? Pretensão demais. Que goleie em cada partida? É querer demais também. Que contrate um craque por mês? Fuga total da realidade. Isso aqui é a vida real, gente. O Flamengo já foi um time DE craques2, hoje é um time COM craques. Os tropeços virão, certamente; a desconfiança vai aparecer em alguns momentos e alguém do elenco fatalmente irá embora no meio do ano. Acredito que o ano será bom, mas tenho o direito de errar neste caso; só não posso fugir da realidade e fabricar expectativas ilusórias. Enfim, 2011 já começou e seja o que Deus quiser.

 

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Os piores críticos de futebol são ironicamente aqueles que nunca pegaram numa bola. Que não sabem o que é sair de campo frustrados. Que não fizeram gols, nem pró nem contra. Que cobram aquilo que não pode ser feito, enfim. Quando falei em “fuga da realidade”, pensava nessa gente. Deivid tem sido vítima, infelizmente. O cara está/estava devendo gols? Certamente; pra isso ele foi contratado. O que não dá pra aceitar é insinuações de “corpo mole”. Ora, bolas; hoje ele está no Flamengo, amanhã pode não estar mais. Ele sabe muito bem que tem que mostrar serviço, pois vive disso.

Pensei em tudo isso quando vi as caras e bocas que ele fazia a cada lance desperdiçado. Ele, em momento algum disfarçou o seu desapontamento; ficava chateado mesmo. Se, na partida contra o América ele realmente “deslanchou” só o tempo dirá. A torcida pegou no pé dele não sem um pouco de razão, mas acredito que ele ainda vai render bastante. Luxemburgo, que não é bobo nem nada, sabe muito bem o que ele pode produzir: trabalhou com o cara em outros times. No Cruzeiro, por exemplo, ele foi simplesmente o maior artilheiro de uma edição da Copa do Brasil: 15 gols em 2003. Não é possível que ele tenha esquecido o modus operandi do gol.

 

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Já disse e repito: se início de campeonato não serve como parâmetro para se avaliar um time então nada serve. Quem foi o gênio3 que decretou que no início de um campeonato o time é um e no final é outro? Usar como argumento os momentos esporádicos em que um time começou bem e terminou mal e vice-versa é inverter a relação regra/exceção. Se estatística serve pra alguma coisa, é justamente nestes momentos; podemos e devemos crer que o ano será bom para o Fla. E se não for pelo bom momento, vai ser pelo quê? Pelas “previsões” dos adivinhadores? Me poupem.

 

 

 

 

1 Quando eu falo América, estou me referindo ao do Rio. Os outros “américas” que existem no Brasil é que precisam de sobrenome: América/MG, América de Rio Preto, América de Natal. América por excelência é o time da rua Campos Sales, na Tijuca.

 

2 Raul, Leandro, Marinho, Mozer e Júnior; Andrade, Adílio, Tita e Zico; Nunes e Lico. 1981.

 

3 Nunca fui tão irônico...

 

 

 

 

 

Por Nielsen, Carioca Desterrado

Em 24 de janeiro de 2011, 3:40 P.M.