A quem interessar possa:
O ano de 2010 foi absolutamente esquecível para o Flamengo, portanto eu decreto que ele já acabou. E acabou mal.
Elegemos pela primeira vez uma mulher para presidente do clube, mas isso não fez a menor diferença pois competência não tem sexo; muito menos talento ou a falta dele. Com ou sem “tijolinho”.
Tínhamos um time que, bom ou ruim, comemorava o título do Campeonato Brasileiro, ou isso é pouco? Pois já no ano seguinte, digo este ano, não tínhamos mais nada disso. Nem Imperador, nem Love. Pois agora não temos nem Imperador, nem Love, nem título, nem porcaria nenhuma.
Mandamos um técnico vencedor (falo em fatos, não em opiniões) embora e contratamos um inexperiente por experiência. Pois essa experiência, malgrado o fato de ter mantido alguma consistência no time, adivinhem? Não deu certo.
Em seguida, ainda como experiência, contratamos outro técnico “por experiência” e deu errado. Pra variar.
Contratamos um ídolo dos gramados imaginando ingênua e irresponsavelmente que, se foi um craque dentro das quatro linhas, seria também um craque fora delas, pois não? Não, absolutamente não.
Em seguida contratamos um técnico realmente “de ponta”, seja lá o que isso signifique, supondo ou pelo menos esperando que ele fizesse milagre. No caso o milagre seria tirar o time da zona de perigo e leva-lo à libertadores, estávamos pedindo muito? Sim, estávamos. Ele é técnico, não taumaturgo.
E, last but not least, passamos o ano qual biblioteca de presídio; vivendo de passado recente. De expectativas irreais. De sonhos de barriga cheia. Da “fé metastática”, da qual falava qual falava Eric Voegelin. Da esperança numa virada possível (vide 2007), mas improvável; real, mas inverossímil. Que não veio.
Eu, por exemplo, passei o ano aguentando (?) os gracejos e provocações do meu colega (e amigo, irmão, camarada) de blog sem ter o que responder. Sem força de argumento eu poderia ter usado o argumento da força, mas ele se encontra a centenas de quilômetros de mim. Não obstante a insanidade intrínseca ao ato de se torcer para qualquer outro time que não o Flamengo, pipocam as chacotas. Isso ainda vai acabar na delegacia...
Portanto, a quatro rodadas do fim do campeonato, para o Flamengo não resta mais nada a não ser sair da degola de forma honrosa; quem sabe com uma classificação para a Copa Sul-Americana? Pois no Domingo último perdemos previsivelmente para o Atlético, versão paranaense. Alguma surpresa? Ah, o ataque não funcionou...
E é só.
Ou não?
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Mais uma flamenguista gata (quase um pleonasmo): Mariana Ximenes.
Por Nielsen, Carioca Desterrado
Em 9 de novembro de 2010, 4:25 P.M.